SAÍDA
DA ITÁLIA - TRAVESSIA - CHEGADA NO BRASIL
a)
08Nov1886-Vallada Agordina foi
feito o passaporte, válido por 1 ano.
(Ver
em Documentos I)
- De Vallada Agordina
a Belluno: No dia
da partida, sob o repicar dos sinos, muita
tristeza. Eram acompanhados por alguns parentes, a pé,
a cavalo ou carroça,
em torno de 40km.
- De Belluno a Gênova: de
trem.
b)
SAIDA: Dez/1886: GENOVA- RIO- Com
1.013 Listados - Vapor - PIROSCAFO RIGHI.
- Constam na Lista Passeggieri,
com destino ao RIO DE JANEIRO:
n° 405-Mª Maddalena
(Mãe); 404-Fortnto
(filho) e 406-Mª Peregrina
Ronchi Toffol (neta).
*Luigi Massimino,
Maria
de Lazzer e Ernesto Francesco Ronchi inão constam
desta Lista de Passageiros.
Mudou de idéia ao longo da viagem.
- Não
era plano de Luigi Massimino acompanhar e morar junto de seus irmãos,
mas
na atravessia amigos Domenico Ronchi (Colot) e Cypriano de
Toffol convence-
ram-no a acompanhar sua mãe e irmão
Fortunato (Tio Barba) e se encontrar
com os dois irmãos, já em Luis
Alves.
- As Listas de GENOVA-VITÓRIA-ES e GENOVA-RIO
GRANDE-RS, não se encontram no Arquivo Nacional
e não se tem notícias do destino dado às mesmas. Assim ficamos
sem saber
para onde Luigi Massimino
se inscreveu e planejava ir, com sua esposa e filho.
( Piróscafo:
nome dado ao primeiro navio movido a vapor. Do gredo: pyr, pyros+kaphos ).
c) CHEGADA: RIO: 22Jan1887- Carimbo dos
passaportes,em torno de 3 dias- Tirando a burocracia, demora na travessia:
36 a 40 dias. Permanecem na Hospedaria dos Imigrantes- Ilha das Flores-(HIIF)
por 03 dias. Depois de vapor são “ levados “a Itajaí-SC,
o porto na época, não comportava grandes navios. O tio
bisa Giusto Fortunato (Tio Barba) adoentado, permanece por mais tempo
na quarentena. Nesta viagem vêem junto com MARIA MADDALENA
TISSI RONCHI, viúva aos 71 anos: neta Mª Peregrina
Ronchi de Toffol - 18a no mesmo passaporte; seu filho Luigi Massimino
( 28 a) casado com Maria de Lazzer (28 a) - Ernesto Francesco Ronchi
( 7 meses) - mesmo passaporte e seu filho Giusto Fortunato - Tio Barba-
26 a – não foi localizado seu passaporte. Constam no Registro
da Entrada dos Imigrantes sob nºs :
794-
Mª Maddalena (mãe/avó); 795-
Maria Peregrina* (neta); 790-
Luigi Massimino (filho);
791-Maria de Lazzer (nora); 792-
Ernesto Francesco(neto) e 793-
Giusto Fortunato(filho).
* Mª Peregrina: Depois que seu pai
Domenico de Toffol, casou novamente,
foi criada pela avó.
-
POSSÍVEIS ALTERAÇÕES NO TEXTO -
-
ENFIM EM CASA - LUIZ ALVES - Hoje - MASSARANDUBA-SC-
No porto
de Itajaí foram
acondicionados por dias, em galpões. Daí em balças
ou barcos pequenos subiram o Rio Itajaí-Açu, entram
no Rio Luiz Alves até o Salto (hoje Rio do Salto), onde terminava
o trecho navegável. Daí em diante a pé até os
barracões, onde permaneceram por meses
- de Fev a Nov 1887 - aguardando
a demarcação e posse dos lotes . Possivelmente a
Matriarca - Mª Maddalena - não tenha
conhecido o lote de seu filho Luigi, pois veio a falecer em
Abr/1887.
A construção dos barracos em seus lotes, eram de responsabilidade
e gastos dos imigrantes.
O
Governo não os ajudou, pois Luiz Alves deixou de ser Colônia
em 1880.(Veja abaixo)
Já se
encontravam Bço Direito-Luis
Alves dois filhos
de Mª Maddalena Tissi Ronchi: Pietro(Pierazza)
Paolo Giacomo,solteiro e Fco Nazário Ronchi,
já casado, chegaram RIO em Dez1882 -
Vapor RIO PLATA e
ex-genro Domenico de Toffol Xaora - Genova:Nov1885
- Vapor BOURGOGNE, RIO em
Dez1885.[ Toda família, mesmo Passaporte ( Ver
em Doc I )].
RONCHI-COLOT-PIERAZZA :Vão
para lote 4- Ribeirão Paula Ramos, Braço Direito,
Sta Luzia.
RONCHI-COLOT: Vão
para lote 3- Ribeirão Paula Ramos, Braço
Direito, Sta Luzia.
- Vieram juntos da Vallada com a Família de 1.1.2.6- Giovanni
Battista Domenico (mesma Árvore mas Ramo diferente-Ver Árv
Gen Ronchi-desde 1700), casado com Mª Lucia Alchini
Ronchi.
- E para diferenciar éramos conhecidos por RONCHI COLOT-Pierazza.
- Pietro, irmão do Luigi Massimino era conhecido por Pedrão
- Pierazza, em italiano.
- Um pouco de História:
- Colônia Luiz Alves:
fundada em 1877 mas em 1880 foi extinta por Decreto
Imperial:
"Pelo aviso Imperial de 09Abr1880, a Colônia
foi extinta, isto é, perdia as
características de
Região privilegiada, desobrigando-se
o Governo a conceder-lhes
favores e benefícios
financeiros, já que foram oferecidos meios
aos que quisessem abandonar o local,
mas
foram poucos os que
abandonaram. Ao descaso
oficial para com eles, responderam
os pioneiros com
redobrado esforço no trabalho e permaneceram na ex-colônia"
(BOHN, Pe. Antonio Francisco: Paróquia
de São Vicente de Paulo e sua História).
- Distrito de Itajaí : em 10 Jan1903
- Freguesia : 31Jul1912
- Vila : 31Mar1938 e Municípios: Lei
348 de 18 Jul 1958 - desmembrou de Itajaí e dividido:
a) Luiz Alves (260
km2): Capital Catarinense da Cachaça
b) Massaranduba (427km2):
Capital Catarinense do Arroz.
- Distritos que passaram de Luiz Alves para Massaranduba:
1º Braço do Norte - 2º Braço do Norte
- Braço Direito - Alto Braço Direito - 3º Braço...)
- "Maçaranduba" árvore
de flores cor de rosa.
- DE FEV 1887 a 1921 – Permanecem em Luiz Alves-SC
[Existem ainda em Santa Luzia-Braço Direito
descendentes RONCHI-Colot-Pierazza:
são netos , bisnetos de MARIA PEREGRINA (Ronchi-de
Toffol) Pivatto e de Francesco NAZÁRIO Ronchi, ela
PRIMA e ele TIO de: Ernesto, Nicolau, Atílio, Serafim,
Marieta, Chico e Beppi].
- Neste meio tempo faleceram:
a) Mar/ Abr 1887 - Maria Maddalena
Tissi Ronchi (72a);
b) 1910 – Pietro (Pierazza)
Paolo Giacomo –( 63a) de tétano - solteiro ;
c ) 19Ago1918 – Valério Ronchi (1a)- Filho de
Ernesto e Páschoa ;
d) 23Abr1919 - Francesco Nazário
(64a ) – chifrada de touro.(Ver em Documentos)
(Todos Sepultados Cemitério
Igreja Sagrada Família-Braço Direito
- Na década passada 1990 foi violada a sepultura
- não existe mais.)
-
1909 a 1921 - NOVA SAIDA DE LUIZ ALVES-SC
- Ronchi-Colot: Em
1918, algumas Famílias de 1.1.2.6 - Giovanni Battista
D. Ronchi
saem do Dist de Bço Direito e vão para outros Distritos e Mun.:Luiz
Alves, Itajaí
.Ronchi-Colot-Pierazza:
O 1º a sair foi NICOLAU,indo
trabalhar em Curitiba(1909), onde casou em 31Jul1915 com Fca Hardt e tiveram
a
Elvira (23Jun1916) . Anos após em 1919,
deixam Curitiba, vendem o que tem e vão de passagem por Luiz Alves, visitam
seus pais. Vão para Rio do Oeste, atrás de seu irmão Ernesto,
fazendo o mesmo caminho, (Ver
Ernesto/Paschoa)
mas sem levar mudança. Chegando Toca Grande-Rio
do Oeste, compra
Lote nº 145 na vargem, (hoje) na altura cabeceira da ponte. E meses após, nasce 22Abr1920-Eleutério e
no ano seguinte 07Ago1921, nasce Renardo ”Reinaldo”.
E anos após vende o Lote a seu irmão Ernesto, e vão de
mudança para Taió (de carroça),
aí tem o resto da
família.
O 2º a sair foi ATÍLIO, ao casar (Jan 1916) com Giovanna(Joana) Dedea , foi
morar em Rio do Peixe-Luis Alves-SC. (Com a morte de Maria
Michelucci, seu sogro, Fortunato Dedea, ficou viúvo
e passou as terras à sua esposa Joana, que era filha
única, como herança). Em 07Dez1916, nasce Liberato e em 20Jan1918 nasce Bruno.
O
3º a sair foi ERNESTO/PASCHOA Stringari
Ronchi ( 1918/1919)- aqui, um parêntesis: Os colonos desta região
(Luiz Alves, Rodeio ...) foram orientados e incentivados por Luiz
Bertoli, a procurarem novas terras, ao longo do rio Itajaí do
Oeste (Crônicas- Alice Bertoli Arns).
Ernesto Francesco acompanhado de seu tio Giusto (tio Barba) e seu irmão
Serafim (carpinteiro),
vão ver e conhecer o local, isto lá por JUN 1918. Ernesto
compra alguns lotes,(13
km rio acima de Rio das Pombas - Rio do Oeste) na foz do Ribeirão Toca
Grande com Rio
Itajaí. (Na curva do rio Itajaí, perto da foz do Ribeirão,
a natureza fez uma pequena caverna, toca, onde é claro eles se
abrigaram nos meses que ali estiveram . Daí o nome do ribeirão – Rib. Toca Grande e Distrito - TOCA GRANDE). (Ver em Fotos)
- * Foram adq. 3 lotes: 01 e 141-Ernesto F. Ronchi e 18-Luiggi M. Ronchi.
(Documentos gentilmente cedidos por Marcos Aurélio Pisetta).
Gostam
e fazem a casa perto da foz (margem direita) do Ribeirão Toca Grande e
(margem esquerda) do Rio Itajaí, “as casas eram feitas da
própria madeira retirada do local, eram farquejadas a machado ou serradas
por êles mesmos
com serra de mão, LA SEGA , e cobertas de palha ou tabuletas, “scandole” “ pg 127
de Crônicas” . Lembrar que Serafim era carpinteiro e marceneiro e
tinha todo o material. Fizeram
uma pequena derrubada para plantar, já era primavera de 1918. Terminada
a “tarefa”, o tio Barba, deve ter ficado para cuidar da casa e continuar a
plantar . “Viemo, gostamo da terra. Fomos p’ra Luiz Alves (hoje-Massaranduba)
buscar a mudança,
eu (Serafim) e meu irmão Ernesto”,
pg 55 Crônicas de Alice Bertoli Arns. Ao descer Ernesto já vai se
informando sobre carroceiros e o preço do transporte.
De
Braço Direito – LUIZ ALVES a Toca
Grande - RIO DO OESTE
- Em 4 etapas - 04 DIAS DE VIAGEM
– (+ ou - ) 180km - ano 1919 -
1ª Etapa: Braço Direito-Luiz
Alves a Blumenau (Jan 1919 ). Saem de madrugada: 1 carretão
puxado por 4 cavalos e uma carroça que pertencia a
nosso bisa José Stringari (profissão-carroceiro),
era pai de nossa “nona” Paschoa. Passageiros:
Avós: Ernesto (33a) e Paschoa (30a), filhos: Matilde
(8a), Pedro (7a), Alfredo (5a), Eugênio (4a), Umberto
(2a), e tio avô Serafim (24a). Chegam em Blumenau a
tempo de pegarem o trem da tarde. Descarregam e carregam a
mudança no trem, chegando na boca da noite no final
da linha, chamada Subida. À noite Ernesto vai atrás
dos carroceiros, que dias antes tinha contratado, isso 1,5km
morro acima. Devem ter carregado as carroças
na mesma noite. Dormem na estalagem, espécie de casa
comercial, pertencente a Oswald Odebrecht (ver pg 104-Crônicas-Alice
Bertoli Arns).
2ª Etapa: Estação Morro
Pelado (Subida) a Rio das Pombas (Rio do Oeste) 2 dias. Contratou
um “carreton”(puxado por 4 cavalos) e uma carroça.
Levantando cedo, a estrada péssima, encalhando várias
vezes . Foi o pior pedaço. No meio do caminho, tinham
hospedarias onde deviam pernoitar e também para descanso
dos cavalos (pg 104,105-Crônicas). Chegaram em Rio do
Oeste, pagou , despachou os carroceiros e dormiram na casa
de Luiz Bertoli, pois tinha comprado dele as terras.
3ª Etapa: Rio do Oeste até Distrito
São José (Margem direita do Rio Itajai do Oeste
- uns 11/12 km rio acima). Dia seguinte, novamente um carretão
de “Seu Nardo” - Leonardo Scoz (pg 359-Crônicas)
e uma carroça, e em torno do meio dia, chegam nos Fiamoncini.
Local mais próximo que tinha canoa (batera), para a
travessia do rio.
4ª Etapa: De canoa até a barra
(foz) do Ribeirão Toca Grande (Margem esquerda do Rio
Itajaí do Oeste ) em torno de 3 a 4km, rio acima. Os
Fiamoncini eram os canoeiros (pg 359-Crônicas). Carregam
a batera com as crianças , adultos e os utensílios
principais e ... enfim em casa. No dia seguinte buscam o resto
da tralha e mudança.
Como
contava Matilde: “Demos graças a Deus de chegar
no rio pois o
'Berto' (Umberto- 2 anos), estava com disenteria. Aí
aproveitamos a água para fazer a
limpeza” . Era Jan 1919.
-
Versão contada por : Matilde e Savério Ronchi,
confrontados nomes , datas e locais, lendo o livro “CRÔNICA
à margem da História de Rio do Oeste, de Alice
Bertoli Arns".
E em 09 Ago 1919, nasce
o 1º Tocagrandense: VITÓRIO RONCHI,
falece em 2012.
Aqui, nasce o resto da família.
- ANO
2018 : 100 anos da chegada na Toca Grande I, mas com a família em Jan1919.
-O 4º a sair foi nossa tia avó ELISABETHA (Betina), que casou em
1915 e falece em
1916, ao dar à luz seu primogênito
em Corupá. Seu marido Guerino Lunelli,
era ferroviário.
-O 5º a sair foi o restante da família em 1921.
Nossos bisa LUIGI (63a) e MARIA (63a)tios
Francisco(22a) já casado (1919) com Joana Melchioretto
(19a), Serafim (26a) e José (20a), solteiros. Se instalam
no Distrito de São José 12/13 Km de Rio do Oeste
-SC, (Margem direita do Rio Itajaí do Oeste, hoje,
entre a Igreja São José e Sassela). A estrada
neste ano (1921), já estava aberta até Taió.
-Tio Serafim (30a) como marceneiro
e carpinteiro,casa-se em 22Mai1925, com Inês Trentini
(19a) , se instala na vila de Rio das Pombas - Rio do Oeste,
fundando no mesmo ano sua marcenaria (pg 109 de Crônicas
Alice Bertoli Arns).
-Em 28Set1925 falece nosso bisa LUIGI (67a) sepultado Distr. Anta Gorda(Cemit.Igj Nª Srª
Caravágio), hoje seus restos mortais estão Cemitério
Igreja Sta Catarina - Toca Grande.
- Em 1926 José (Beppi) (25a), casa em Rodeio
com Catarina Tonet (25a). Sobem para Rio do Oeste e em Mai1927
nasce sua filha Miranda, em 1928 vendem as terras no Sassela
, levando a família e sua mãe Maria de Lazzer
(68a), vão morar em Rodeio, pois os pais de Catarina
estavam adoentados. E neste mesmo ano, nasce o Evaldo (06Ago1928),
já em Rodeio.
- Por isso que Maria de Lazzer Ronchi, está
sepultada em Rodeio.(Junto com seu filho Beppi).
- Em 1943, Francisco(Chico), sai do distrito
São José (Sassela) para distrito Toca Grande-Rio
do Oeste e em JAN/1969 muda-se para Joinville, aos 70a com
sua esposa Joana 67a e família de seu filho Mário
Ronchi (36 anos). E aos 07 JUN
1969 falece Francisco (Chico).
Aqui
termino, em poucas linhas o início de nossa história
no Brasil (1ª e 2ª Gerações).
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